Tudo começou na implantodontia…
O primeiro campo de atuação da Fibrina Rica em Plaquetas foi na otimização da regeneração tecidual em cirurgias de reconstrução óssea na implantodontia. Porém como a observação de resultados obtidos, hoje sabemos que a utilização dá Fibrina Rica em Plaquetas nas cirurgias odontológicas vai muito além de melhorar a cicatrização do tecido ósseo. Mas para entender este conceito e vislumbrar uma correta utilização da PRF nas cirurgias rotineiras de um consultório odontológico é preciso entender as características biológicas que este biomaterial autólogo e transitório nos proporciona.
Um biomaterial autólogo impar…
Inicialmente a utilização de concentrados plaquetários e, por que não dizer, a utilização da Fibrina Rica em Plaquetas nas cirurgias odontológicas pretendia inundar de plaquetas no sítio cirúrgico, uma vez que já era sabido que as mesmas, quando ativadas, forneciam fatores de crescimento provenientes dê seus grânulos alfa. Estes fatores de crescimento têm como característica sinalizar e modular uma cascata de eventos inflamatórios e proliferativos a fim de otimizar o reparo. Entenda esses eventos desde mitose, quimiotaxia e diferenciação celular até alterações desse microambiente tecidual que corroborassem com uma cura otimizada. Porém como o PRF não utiliza na sua obtenção nenhum produto químico que interrompa a cascata de coagulação, assim como também nenhum reversor da cascata, como na obtenção antigo PRP, a fibrina adquiriu condições nunca vistas em um material centrifugado autólogo. Ela passou a ser uma malha resistente e flexível, com células viáveis em sua estrutura de fibras, suturável, favorecendo o transporte e proteção de células e citocinas por um tempo muito maior durante os estágios iniciais do reparo. Estas características favoreceram também as condições dos tecidos moles que circundam qualquer área cirúrgica aumentando ainda mais a indicação da Fibrina Rica em Plaquetas nas cirurgias odontológicas. Uma nova característica também ganha propriedade nesta matriz de fibrina o que é presença de células de defesa viáveis conferindo também um aspecto imunológico à membrana. Citocinas adesivas fornecem adesão e biocompatibilidades ao mesmo tempo que alguns fatores de crescimento como VEGF ( fator de crescimento de endotélio vascular ) melhoram a nutrição pelo estimulo da angiogênese. Com uma obtenção e custos extremamente vantajosos se obtém um Biomaterial autólogo ímpar como nunca visto na engenharia tecidual.
Otimizando os conceitos do PRF nas cirurgias consagradas
Com todas as características do PRF já de conhecimento da comunidade científica não ficou difícil indicar a Fibrina Rica em Plaquetas nas cirurgias odontológicas, assim como adaptar técnicas cirúrgicas já consagradas às características deste concentrado o plaquetário. As primeiras áreas odontológicas explorar os resultados com a utilização da PRF foi a Implantodontia , na área de reconstrução de tecidos moles é duros. O PRF foi utilizado em formas de membranas em seio maxilar , cobrindo áreas de regeneração tecidual guiada e blocos autógenos/homógenos , trituradas e associadas a biomateriais particulados dos diversos tipos. foram utilizadas também na forma líquida, chamada de I-PRF (PRF injetável ou PRF líquido), para otimizar os tecidos moles, aglutinar com fibrina os biomateriais particulados e juntamente com as membranas proporcionar uma nova modalidade de enxertia comumente chamada de Sticky Bone ou PRF Block. Também puderam ser manipuladas em forma de “Plugs”, com indicação de manutenção óssea em áreas pós exodontia. Na periodontia a PRF proporcionou algumas ferramentas a mais no manuseio de tecidos moles assim como nas cirurgias orais proporcionou um outro patamar de cicatrização. Várias outras abordagens como prevenção e atuação em intercorrências, proteção de feridas, assim como ganhos de tecido mole intencional em várias fases das cirurgias reconstrutivas também obtiveram benefícios indicando a Fibrina Rica em Plaquetas nas cirurgias odontológicas.
