O I-PRF e o preparo de pele
A harmonização facial, especialidade mais nova da odontologia, inundou os consultórios odontológicos com técnicas e materiais maravilhosos, revolucionando a arte de combinar a harmonia do rosto, a face e recentemente com a saúde geral do indivíduo, se atentando para o corpo humano como um todo. Dentro das aplicações das técnicas tradicionais como toxina botulínica, ácido hialurônico e fios faciais entre outras, nunca esteve tão evidente a necessidade do preparo de pele prévio a essas terapias. A pouco tempo atrás o microagulhamento e alguns dermocosméticos tinham essa função. Atualmente, o I-PRF, (abreviação de injectable platelet rich fibrin) também chamado de fibrinogênio líquido ou injetável, ganhou espaço entre os mais exigentes clínicos harmonizadores que, juntamente com o nanoagulhamento ou nanoporação se tornou o tratamento dito “Gold Standard” para o preparo de pele. Bem validado na literatura a um bom tempo, os benefícios da indução percutânea de colágeno com o trauma controlado associado I-PRF em forma de mesoterapia e Drug Delivery tem se mostrado uma ótima ferramenta para o gerenciameto dérmico e tratamento dos sinais de envelhecimento facial. Porem é necessário entender como usar o I-PRF na Harmonização Facial.
Por que indicar o I-PRF na face?
A utilização dos concentrados sanguíneos na face ganhou força nós anos 2000 com estudos sobre o Plasma Rico em Plaquetas, ou simplesmente PRP, usados em forma de mesoterapia. Com as publicações sobre o PRF a partir de 2006 e sua filosofia de obtenção isenta de substâncias químicas, como os bloqueadores da cascata de coagulação e seus reversores, surge uma segunda geração de concentrados plaquetários com melhores resultados biológicos devido a uma fibrina de alta compatibilidade com as células e citocinas, ótimo potencial imunológico pela presença de leucócitos viáveis e liberação de fatores de crescimento crescente. Apesar dos primeiros estudos abordarem a forma do PRF em membranas, não tardou muito para que a forma injetável fosse obtida dentro de padrões e protocolos definidos, podendo ser injetada ou mesclada com outros biomateriais. A utilização do I-PRF na Harmonização Facial promove um efeito anti-aging por otimizar o reparo e propiciar um microambiente reorganizado, com renovação vascular e celular, sustentado por matriz extracelular firme e hidratada, permeada por fibras colágenas e elastina. O fibroblasto é a célula alvo principal capaz de participar e propiciar tais eventos biológicos, tornando o procedimento único em caso de tratamento rejuvenescedores ou simplesmente para o preparo da pele prévio a outras terapias estéticas
O fácil manejo do I-PRF na clínica
Para atingir melhores resultados, o uso do I-PRF na harmonização facial deve ser em forma de intradermoterapia, com o uso de agulhas de tamanhos diminutos e atraumáticas, para assegurar a presença do infiltrado na camada da pele chamada derme. Apesar do nanoagulhamento propiciar minúsculos canais na epiderme que possibilitariam a passagem de substâncias através dela, não temos comprovação que isso aconteça com o PRF, ademas da pequena quantidade de penetração e rápida coagulação do mesmo em contato com a pele. A obtenção do I-PRF é feita através da breve centrifugação do sangue em tubos com a tampa branca, respeitando protocolos validados na literatura, isentos de qualquer substância química. Seu tempo de trabalho em temperatura de 22° é de aproximadamente 16 a 20 minutos. Como qualquer outra terapia é imprescindível o domínio do profissional tanto da parte biológica básica quanto das técnicas de aplicação. A face apresenta anatomia e características dérmicas diferentes sendo necessário adaptação da técnica para cada área. O domínio da dor durante as aplicações é imprescindível para uma terapia pouco traumática. Novas aplicações devem ser acompanhadas e diagnosticadas individualmente com um intervalo de 21 dias.
O que esperar de uma terapia de I-PRF facial
A aplicação de I-PRF na Harmonização Facial em forma de intradermoterapia associado ou micro trauma controlado deve proporcionar o rejuvenescimento facial por revitalizar a pele em seus componentes básicos como colágeno e elastina, melhorando a hidratação, devolvendo luminosidade dérmica e capacidade tecidual e celular de proporcionar respostas melhores a outras terapias.